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ADAPTAÇÃO LITERÁRIA PARA O CINEMA com Marcelo Lyra

DIAS: 

27 a 30 DE JUNHO (Online)

HORÁRIO: 

19h30 às 21h30

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SOBRE A ATIVIDADE:

A literatura e o cinema são formas de arte que estão umbilicalmente conectadas praticamente desde a invenção da sétima arte em 1895. A primeira adaptação literária de que se tem notícia é o curta “Cinderela”, filmado por Georges Méliès em 1899. Desde então, um livro se tornar filme tornou-se praticamente uma tradição. Para se ter uma ideia, até meados dos anos 2000 cerca de 85% dos vencedores do Oscar de melhor filme eram adaptações, seja de livros, peças de teatro ou fatos reais. O mesmo vale para as séries de TV: 80% delas tinha origem em livros, peças ou fatos.

   
Mas transformar palavras em imagens é um processo espinhoso e nem sempre bem-sucedido. A proposta deste curso é apresentar mais desse processo, entender suas possibilidades e armadilhas, as diferenças e semelhanças entre imagem e texto, estilos narrativos dos escritores e como a montagem funciona nos dois meios. 

 

Uma das ferramentas do curso é a leitura durante as aula de trechos de livros que se tornaram filmes, como “O Poderoso Chefão”, “Psicose”, “Janela Indiscreta”, “Blade Runner”, “Harry Potter e a Câmara Secreta”, “Os Bons Companheiros”, “A Marca da Maldade” e “Psicose”, seguidos da exibição das respectivas cenas dos filmes para comparação dos resultados, bem como discussão das necessidades específicas de cada livro abordado.

   
Aula 1 | Breve introdução da história da linguagem cinematográfica, com ênfase nas técnicas de montagem, que é um dos momentos nos quais cinema e literatura têm pontos de contato. Perfil dos principais movimentos que impulsionaram a linguagem cinematográfica, como o Expressionismo, o Neorrealismo e a Nouvelle Vague. Estudo das primeiras adaptações cinematográficas. “Cinderela”, e “Viagem à Lua”, ambas de Méliès.

   
Aula 2 | Estudos de casos interessantes de adaptações literárias. “O Poderoso Chefão”, uma adaptação extremamente fiel, mas que imprime uma dinâmica particular na transposição para imagens feitas por Francis Ford Coppola. A presença do escritor Mario Puzzo na elaboração do roteiro e a quase dispensa do roteiro na hora da filmagem. Estudo comparativo de outra adaptação feita por Coppola, “Apocalipse Now”, que seguiu caminho diametralmente oposto, sendo pouco fiel à narrativa original de “No Coração das Trevas”, de Joseph Conrad, ambientada na África colonial, mas permanecendo absolutamente fiel à sua ideia original, mesmo ambientando a narrativa na Guerra do Vietnã. Análise comparativa de trechos de filmes e livros: “Harry Potter e a câmara secreta”, onde mesmo com a exigência contratual, por parte da autora J.K. Rowling, de total fidelidade à obra, foram necessárias mudanças em momentos nos quais boas soluções visuais tornavam as cenas mais interessantes, bem como momentos onde a transposição das palavras para imagens era impossível.

 
Aula 3 | Estudo aprofundado da técnica de narrativa visual do diretor Alfred Hitchcock e sua influência nas adaptações literárias dos principais filmes do diretor. Casos nos quais a história original é mudada substancialmente, resultando em filmes únicos, obras-primas do cinema. Análise comparativa de trechos dos filmes e dos livros “Janela Indiscreta” e “Psicose”.

 
Aula 4 | Estudo de casos nos quais o diretor utiliza elementos do próprio livro na criação de cenas ou filmes originais e criativos, muitas vezes motivados por questões autorais. “Blade Runner”, de Riddley Scott, onde uma simples aventura policial futurista ganha uma dimensão filosófica nas telas; “Tubarão”, de Steven Spielberg, que elimina todas as implicações românticas e sexuais dos personagens, centralizando o foco na aventura e suspense, mas realizando uma genial transposição de imagens. Estudo de “A Marca da Maldade”, versão cinematográfica de Orson Welles para a obra de Whit Masterson, que direciona seu olhar para questões particulares do diretor. A adaptação de Martin Scorsese do livro “Os bons companheiros”, na qual a versão cinematográfica da obra de Nicholas Pileggi é rigorosamente fiel, mas uma simples alteração na ordem dos fatos muda completamente o foco da história.

 

CONHEÇA O MARCELO:

 

Formado em jornalismo pela PUC-SP, Marcelo Lyra cursou as disciplinas de roteiro, montagem, crítica de cinema e de história da crítica, na Escola de Comunicação e Artes da USP. Atua na área de cinema desde 1999. Foi crítico de cinema dos jornais O Estado de São Paulo, Jornal da Tarde e Valor Econômico, além de ministrar cursos de história do cinema, O Cinema de Hitchcock, Introdução à Crítica de Cinema e outros, em espaços como Museu da Imagem e do Som (MIS), Espaço Itaú de Cinema e Cinesesc. É autor do livro “Cinema Como Razão de Viver”.

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