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A ARTE EDUCA E O POVO QUESTIONA!

Decidi começar o primeiro post do “Selando Histórias” com esta afirmação, pois era algo que a algum tempo vinha rondando a minha mente. Logo explicarei a escolha do nosso amigo mascarado de “V de Vingança”, que tem uma característica que corroborou com o tema. É extenso e merece nossa atenção e desenvolvimento.

Pois bem, no esconderijo do Mascarado existem inúmeras referências artísticas, desde quadros, esculturas, discos e filmes, e claro, ele se mostrou conhecedor dos autores de cada uma. Isso me fez lembrar dos temas levantados na onda de manifestações que ocorreram no país, entre junho e julho de 2013 (inclusive muitas máscaras de “V” estavam lá). Começou com o “Os vinte centavos…”, mas outros temas entraram em discussão, como: A copa do mundo e as obras dos estádios, que como sempre, ultrapassaram os orçamentos programados…

Outros temas corriqueiros em nosso país, como: emprego, saúde, transporte e educação! (Educação, lembrem-se disso!) Todos legítimos e concordo que é preciso botar pra f*** mesmo, se quisermos mudanças…mas quando reivindicamos educação, o que queremos realmente? Mais escolas? Maiores salários para os professores da rede pública? (Justo!) Alguém por acaso, já se atentou ao atual modelo do sistema educacional? Se aqueles que já estão nas escolas, encontram pouco prazer e sentido (isso mesmo) de estar nela, por que é preciso ter mais “estabelecimentos” do governo em cada cidade? ( É claro, isso depende muito da localidade). Não seria mais interessante repensar o que se passam aos jovens e treiná-los a serem mais críticos e autônomos, livrando-se assim de serem “empurrados” pela vida…? Utopia! Artes nas escolas do povão já!

Ao me aproximar de pessoas que honestamente procuram seus sustentos através da arte e contribuem para a produção cultural local, tive certeza disso: Boa parte daqueles que tem acesso as artes, tem maior sensibilidade pra questionar um ambiente sociopolítico! Sim! Daí cê vai me perguntar: Você tem certeza disso, jovem? Tem cada “artistazinho” por aí, meu filho…Mas não citei artistas e sim pessoas que tem “acesso” as artes, meu senhor!

Levo em consideração que o senso crítico é influenciado por inúmeros outros fatores também, mas é inegável que qualquer pessoa que tenha a possibilidade de usar a arte, como elemento de expressão, tem a sua mensagem amplificada! (Lembram dos artistas nos anos de ditadura militar?) Batata!

Para reforçar o que estou escrevendo, voltemos ao “V”. Suas referências artísticas não são lembradas por aqueles que vão as ruas protestar! E quem são aqueles que pedem cultura, arte nas escolas e em locais descentralizados, oficinas, saraus, grupo de discussões, editais mais justos, políticas públicas para a classe e afins? (Além dos próprios interessados, é claro). Questionar o modelo imposto a anos é a saída, o conflito físico é inevitável e é praticado pelo o homem a séculos, assim como o conflito artístico. Todo artista é confrontado pela sociedade “quadradinha”, que busca viver em “tons de cinza”, e a arte tem que penetrar, escancarar e dialogar com a população (principalmente envolvendo temas de natureza política!) e a população precisa exigir acesso a ela e aos seus autores.

A arte educa, questiona, cria, recria, inova, morre e renasce, pronta para o conflito que lhe permitirá existir! E como disse o “V”: “Os artistas usam a mentira para revelar a verdade, enquanto os políticos usam a mentira para escondê-la.”

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